Caridade divulgação

sábado, 9 de novembro de 2013

A CHAMA DA LAMPARINA - O SEGREDO DA RIQUEZA

Havia um rei que, apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza. De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.

Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.

Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais.

Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da Terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso. E amado por todos.

Ao chegar em frente ao monarca, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma. Sua majestade lhe respondeu:

Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo. Porém, há uma condição. Se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.

O sábio tomou de uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou:

Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?

O sábio, que ainda estava tremendo, por conta da experiência, porque temia perder a vida se a chama apagasse, respondeu:

Majestade, não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.

Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo:

Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam. Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário.

* * *

O sábio representa, na história, as pessoas insatisfeitas, aquelas que dizem que nada lhes sai bem. Vivem irritadas e afirmam ter raiva da vida.

O rei representa as criaturas tranquilas, ajustadas, confiantes. Criaturas que são candidatas ao triunfo nas atividades a que se dedicam. São sempre agradáveis, sociáveis e estimuladoras.

Quando se tornam líderes são criativas, dignas e enriquecedoras.

Desse último grupo fazem parte os que promovem o desenvolvimento da sociedade, os gênios criadores e os grandes garimpadores da verdade.

* * *

Com ligeiras variações, é sempre o lar que responde pela felicidade ou a desgraça da criatura. É o lar que gera as criaturas de bem ou os candidatos à perturbação.

É na infância que o Espírito encarnado plasma a sua escala de valores que lhe orientará a vida.

Por tudo isso, o carinho na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito que merece a criança, são fundamentais para a formação de homens saudáveis, ricos de beleza, de bondade, de amor, que influenciam positivamente a sociedade onde vivem.

Em nossas mãos, na qualidade de pais, repousa a grande decisão: como desejamos que sejam os nossos filhos: tranquilos como o rei ou atormentados como o sábio?



Redação do Momento Espírita, com base no livro A paz
começa com você, de O’Donnel, ed. Gente e no cap. 3, do livro
Momentos de consciência, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 8.11.2013.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O DIA DE FINADOS

Os mortos vivem
A comemoração dos mortos, hoje denominada Dia de Finados, tem origem na antiga Gália, no território europeu.

É comum no dia de hoje a intensa visitação aos túmulos. E se observam cenas interessantes. Existem os que se sentam sobre os túmulos dos seus amados, e ali passam o dia.

Para lhes fazer companhia. Como se, em verdade, eles ali estivessem encerrados.

Outros lhes levam comidas e bebidas. Para que se alimentem. Como se o Espírito disso necessitasse.

Outros ainda gastam verdadeiras fortunas em flores raras e ornamentações vistosas. Decoram o túmulo como se devesse ser a morada do seu afeto.

Tais procedimentos podem condicionar o Espírito, se não for de categoria lúcida, consciente, mantendo-o ligado aos seus despojos, ao seu túmulo.

Como cristãos, aprendemos com Jesus que a morte não existe. Assim, nossos mortos não estão mortos, nem dormem.

Cumprem tarefas e distendem mãos auxiliadoras aos que permanecem no casulo carnal.

Prosseguem no seu auto-aprimoramento, construindo e reformulando o mundo íntimo, na disciplina das emoções.

E continuam a nos amar.

A mudança de estado vibratório não os furta aos sentimentos doces, cultivados na etapa terrena.

São pais e mães queridas, arrebatados pelo inesperado da desencarnação. Filhos, irmãos, esposos - seres amados.

O vazio da saudade alugou as dependências de nosso coração e a angústia transferiu residência para as vizinhanças de nossa alma.

É hora de nos curvarmos à majestade da Lei Divina e orarmos. A prece é perfume de flor que se eleva e funde abraços e beijos, a saudade e o amor.

Para os nossos afetos que partiram para o Mundo Espiritual, a melhor conduta é a lembrança das suas virtudes, dos seus atos bons, dos momentos de alegria juntos vividos.

A prece que lhes refrigera a alma e lhes fala dos nossos sentimentos.

Não há necessidade de se ter dinheiro para honrar com fervor cristão os nossos mortos. Nem absoluta necessidade de nossas presenças ao lado das suas tumbas. Eles não estão lá.

Espíritos libertos, vivem no Mundo Espiritual tanto quanto estão ao nosso lado, muitas vezes, nos dizendo da sua igual saudade e de seu amor.
* * *
Se desejas honrar teus mortos, transforma em pães e peças de vestuário para crianças e gestantes pobres as quantias amoedadas que gastarias na ornamentação dos túmulos e em flores exuberantes