Caridade divulgação

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Criação de Metas


Se você não sabe para onde quer ir, como você pode chegar lá?


Esta é uma questão óbvia. É por isso que, ao planejar nossas férias, nós escolhemos um lugar para ir, porque, dependendo de onde nós vamos selecionar o tipo de livro de transporte, o hotel, arrumar as roupas certas.


Quando vamos em um feriado fazemos muito as mesmas preparações. Vamos para o campo, para a praia, para a casa de um amigo?


Isso porque, com base nessa escolha podemos configurar a agenda, convidar esta ou aquela pessoa para ir com a gente, fazer contatos anteriores.


De uma forma muito paradoxal, no entanto, ao falar sobre nossos objetivos existenciais, poucas pessoas têm objetivos bem definidos.


Esta é uma das causas da depressão hoje em dia.


A pessoa diz que ele ou ela quer apenas ter uma vida normal. Mas eles não estabelecer o que esta vida normal seria, o que eles realmente querem para si.


O que eles gostam de fazer?


Profissionalmente, o que eles pretendem fazer? Onde é que eles gostam de trabalhar, com quem, que cursos é que eles ainda pretendem tomar, o que os cursos de reciclagem que eles procuram?


Pessoalmente, eles pensam em se casar, ter filhos, morar em uma casa ou em um apartamento, no campo ou na cidade, no país ou no estrangeiro?


Culturalmente, eles desejam melhorar-se no estudo das artes, de uma outra língua, artes e ofícios?


Quando surgem as perguntas, as respostas são normalmente evasivo: eu não sei, qualquer coisa, o que acontece é bem por mim.


Algumas pessoas se recusam a idealizar, sonhar. Eles dizem que é porque eles não querem se decepcionar.


Outros dizem que eles são incapazes de sonhar seus próprios sonhos. Eles acham que podem ser preenchidas por meio de sonhos de outras pessoas ou que outras pessoas podem fazê-los felizes.


Agora aqui é a questão: se não há uma meta a atingir, se não houver um objetivo a ser alcançado, como podemos encontrar a coragem ea energia para viver cada dia ao máximo?


Onde é que a alegria da conquista ser? Onde o sorriso da vitória ser? Onde é que a satisfação de nos chamar vencedores será?


Viver sem objetivos é simplesmente obedecer ao automatismo.


É um sono psicológico que leva a criatura a estados de indiferença, desânimo, insatisfação, até atingir total desprezo pela vida.


Para ser saudável, é obrigatório ter um projeto pessoal definir exatamente o que se deseja.


Para alcançar este objetivo ou não é outra questão completamente. Mas o que importa é o esforço, a luta continua.


Vamos pensar sobre isso e fazer uma avaliação das nossas metas, nossos sonhos.


Se temos sido até agora a viver apenas para o bem dela, trabalhar, estudar, só porque ele é o contexto em que vivemos, vamos fazer uma pausa.


Vamos repensar nossas vidas. Vamos escolher pelo menos um objetivo a alcançar.


E não se deixe intimidar pelos anos que se passaram, ou por muitos dias já viveu.


É sempre tempo de aprender e de ser feliz.

Rabindranath Tagore

Rabindranath Tagore


 De todos os poetas, este é o que mais cativa meu coração. Prêmio Nobel de Literatura, dramaturgo e contista indiano, Tagore, como artesão de versos, assemelha-se aos gênios da música. Ao ler suas poesias,  experimento a mesma estesia que alcanço ao ouvir  Chopin, Beethoveen. Hoje quero homenageá-lo, compartilhando com você, leitor, alguns de seus versos que me são mais caros.







FLOR-DE-LÓTUS

No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração. 

Comovem-me esses versos, porque fazem lembrar de uma atitude recorrente. Aqui e acolá nos deparamos com uma sensação de saudade, de angústia existencial. Esperamos que algo surja d'além para nos completar, projetamos nas coisas e nas pessoas, nas situações a paz desejada. Todavia, a flor de que sentimos falta, está bem perto de nós, é nossa. Quero dizer, não há o que vai chegar, mas a semeadura íntima que a faz desabrochar, quando nos dulcificamos. Alcançado este estágio, ela abre suas pétalas  e o  vento esparse seu perfume para além de nós, alegrando a vida daqueles que caminham conosco.



AMOR PACÍFICO E FECUNDO!

Não quero amor que não saiba dominar-se,
  desse, como vinho espumante, que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro como a tua chuva,
 
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.

Amor que penetre até o centro da vida,
 
e dali se estenda como seiva invisível,
até os ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!

Amor pacífico e fecundo. Quantas noites ainda vivenciaremos, aprisionados em nosso sortilégios, porque ainda não conquistamos este amor que " penetra o centro da vida" e que "conserva tranquilo o coração"? Como crianças existenciais que somos, nossa forma de amar ainda é  marcada pelos caprichos do ego, pelo orgulho.

Apegados demasiadamente ao ego, cultivamos sentimentos ilusórios sobre nós mesmos e sobre outrem, julgando amar o que não se sustenta, o que " se perde no instante" e se esvai como bolhas numa taça de champagne. 

Mas a roda da vida gira, nos convidando à reflexão de nossas escolhas, a repensar nossos apegos.Cada experiência, seja de alegria ou de desilusão, preenche o cesto de nossos saberes. 



A Prisão do Orgulho  

Choro, metido na masmorra
do meu nome.
Dia após dia, levanto, sem descanso,
este muro à minha volta;
e à medida que se ergue no céu,
esconde-se em negra sombra
o meu ser verdadeiro.

Este belo muro
é o meu orgulho,
que eu retoco com cal e areia
para evitar a mais leve fenda.

E com este cuidado todo,
perco de vista
o meu ser verdadeiro.
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
 

Das chagas da alma, o orgulho talvez seja das mais  insidiosas. É interessante porque na base desse sentimento está uma mais valia claudicante. O orgulhoso, na verdade,  é frágil em si mesmo, não se ama. Os muros que está sempre construindo diz respeito à sensação que cultiva de que não é amado, de que as outras pessoas desejam ocupar-lhe o lugar, tomar -lhe algo. Estrutura psíquica frágil,  o orgulhoso não agrega, não compartilha, não se apraz com as vitórias dos que compartilham a existência com ele. Agrega sim, apenas com quem é acorde de suas convicções , ou melhor, equívocos. Centrado no ego infantilizado, não conhecedor de si mesmo, possui uma forma de agir competitiva e  não é capaz de ver o outro, a dimensão dos outros. 

É muito difícil conviver com pessoas assim. Todavia, solitário e aprisionado em seus muros psíquicos,  o orgulhoso é merecedor de profunda compaixão, pois passará ainda por grandes infortúnios, até compreender que só por meio da interação com o próximo, desapegado de suas construções mentais desalinhadas, poderá ser feliz plenamente. 
Deverá fazer, depois de  aceitar dobrar-se ao código da vida, o caminho do autoconhecimento, a fim de dar conta  de que o outro, seja quem for, é  seu irmão.
E neste dia, que será festa, seus muros  internos ruirão e permitirão a entrada da alegria que não passa.

Caminhando com o Cristo na Casa Espírita


Caminhando com o Cristo na Casa Espírita






"O Espiritismo, é Jesus de volta, que nos vem convidar a reflexões muito profundas a respeito do que somos - Espíritos imortais - de como estamos - corpos transitórios - e para onde vamos - na direção da pátria, conscientizando-nos  de que a lei que deve viger em todas as nossas atitudes é a lei de amor. Este amor, porém, que é lei natural e está em todo o Universo, porque é a lei do equilíbrio." 
                                                           Bezerra de Menezes, psicografia de Divaldo Franco



Escreverei hoje direcionando  as reflexões aos amigos Espíritas, que estão integrados às tarefas no Centro Espírita. Doutrina consoladora e esclarecedora do pensamento Crístico por excelência, o Espiritismo, mais do que uma filosofia, uma ciência é uma proposta de viver, uma direção existencial que se consubstancia na moral do Cristo. 

O seu aspecto religioso, no sentido do religare, da conexão com o Pai e com as Leis Universais prevalece, não obstante tudo nesta Doutrina de Amor se integre, se entrelace. É ciência, é filosofia, mas sobretudo é proposta de renovação íntima. A moral Crística, que sintetiza as Leis Universais, ilumina os aspectos científicos e filosóficos nos quais se alicerçam a Doutrina dos Espíritos, sem a qual  toda a ciência e filosofia do mundo serão árvores sem seiva,  figueiras secas e, por conseguinte, não resistirão à poeira do tempo. Jesus permanece sendo nosso modelo de perfeição moral, Sublime Condutor de nossas vidas.

Integrados, por misericórdia Divina, hoje nas hostes espíritas, com permissão para realizar tarefas neste ambiente privilegiado de acolhimento, cuidados e esclarecimentos da multidão sofredora que aporta diariamente nas Casas Espíritas, precisamos entabular esforço  para  diluir em nossa forma de agir e servir as forças do ego dominador, as antigas pulsões de dominação, de competição e  o ancião  desejo de segregar, de excluir e desvalorizar o outro.

Não há a "minha tarefa", "o meu trabalho", "o meu espaço". Há, sim, a urgência de servir esquecendo-se de si mesmo, a oportunidade de reajustar-se, de aprender, de mobilizar esforço de mudança íntima por meio do  serviço  espírita. Há responsabilidades delegadas e precisamos entender que sem  as balizas do amor, do perdão e da humildade qualquer tarefa perde sua claridade, seu condão iluminativo e passa a ser mera repetição dos enganos transatos. 

Quer dizer, estamos na Casa Espírita, hoje espíritas, mas sem o Cristo no coração, repetindo os mesmos equívocos que desde alhures nos aprisionam aos círculos de dor. O que é lamentável, sobremaneira para nosso pobre espírito que deverá dar conta da atual administração dos recursos divinos recebidos.



Toda tarefa marcada pelo personalismo, pela atitude egóica tenderá para a desagregração. Se há necessidade de dividir e delegar funções, isso se dá por questões práticas e organizacionais, mas o serviço espírita é um todo, inclusive,  cada centro espírita, servindo com amor e fidelidade à causa espírita  é um posto de trabalho de Jesus.   

Dessa forma, se um determinado grupo de trabalho ou personalidade intenta prevalecer e subjugar as demais, ela mesma se enfraquece, pois o que nos dar forças é a união psíquica de todas as partes. Ninguém ganha quando um sonho de serviço e amor é destruido.

Portanto devemos sempre estar a nos questionar  sobre o que Jesus faria, como Ele se conduziria em deteminada situação.Procurar conhecer as bases emocionais que  incidem na nossa forma de ver os companheiros de trabalho. Educar e renovar os nossos sentimentos, por meio da prece e do diálogo fraterno. 

Buscar calar na alma tudo o que nos faz ver no irmão de serviço espírita um algoz, um inimigo. É terrível isso, mas acontece! Despersonalizar  o serviço, valorizar a todos, incentivar a todos, cooperar com  a tarefa do outro nem que seja com uma prece e com um olhar de valorização. Procurar entender o momento de vida de cada um e empatizar.  

Não conseguiremos esse intento se não procurarmos analisar quais são as emoções que estão balizando nossas atitudes dentro do serviço, seja ele qual for. Enquanto estivermos localizando a análise das questões que nos afligem na conduta do outro, sem procurar enxergar em nossa conduta os equívocos que promovem a desarmonia, enquanto procurarmos culpados e o rancor balizar nossa atitude, estaremos muito distantes do Amigo Divino e continuaremos servindo a Mamon. 




A tarefa espírita não se presta ao culto de nossas mofadas vaidades, mas à humilde devoção ao próximo que nos permite, por meio   do trabalho, a renovação e o realinhamento de nosso  pobre espírito  às Leis Divinas.

Por isso, amigo, controla as nascentes  do teu coração. Vincula-te com humildade a Jesus por meio do trabalho. Se necessário for esgarçar as fímbrias do teu orgulho pessoal, assim faz sem hesitar. Que importância tem o juízo dos homens? Se necessário for ocupar os últimos lugares, ocupa feliz, pois quem sabe ser o menor é o maior e aquele que não sabe ser menor muito caminhará ainda para ser maior.

Silencia qualquer palavra que desabone o companheiro. Acaso este em equívoco, antes ora por ele para que desperte e se possivel entabula conversação amistosa que o ajude a renovar-se. Vigia tua conduta, antes de vigiar a do outro. Repara se estás sendo amigo, se estás sendo compreensivo, se estás fazendo ao companheiro todo bem que podes fazer.
Perdoa, antes de desejar ser perdoado; entende, antes de desejar ser entendido. Sê tu um cendal de luzes, caminhando com o Cristo sempre.  

O PERISPÍRITO E SUA CONSTRUÇÃO EM MILÊNIOS



O PERISPÍRITO E SUA CONSTRUÇÃO EM MILÊNIOS
"A CARNE SUTIL DA ALMA"

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Meus queridos amigos e irmãos, bom dia! Hoje segunda-feira, nessa nossa conversa doutrinária, sempre diária, trazemos para nosso encontro uma breve digressão sobre o Perispírito, o corpo espiritual do ser humano, aquilo que André Luiz, com seu faro de médico e de repórter, tão bem definiu de forma originalíssima: A Carne Sutil da Alma. Este envoltório do espírito, corpo semi-material que acompanha o ser desencarnate, é conhecidíssimo, desde os evos, em todas as culturas da Terra. 
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Era o chamado Corpo Ká, no Egito Antigo, o Corpo Celeste pelo Apóstolo Paulo, o Corpo Astral pelo mundo esotérico, ou seja, teve mil definições, mas nenhuma tão bem apropriada como aquela dada por Allan Kardec ao raiar da Codificação Espírita, como Perispírito, corpo que envolve o espírito, como o perisperma que na frutinha é o corpo que envolve a semente. Este corpo sutil ou psicossoma teve sua evolução construída nas duas estâncias da vida, no decorrer de um tempo imenso de milhares e milhares de anos.




André Luiz na sua obra antológica, Evolução em Dois Mundos, com muita categoria e maestria no seu saber desencarnado, é que nos explica com muita proptiedade: "O Corpo Espiritual atravessou lentamente os círculos elementares da natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se na forma tipo humana. Foram épocas imensas no tempo e no espaço, porque o perispírito que modela o corpo físico constitue a obra de milênios numerosos, pacientemente elaborada nas duas esferas diferentes da vida, sob a orientação dos instrutores divinos que supervisionam a evolução terrestre."...  




..."Todos os orgão do corpo espiritual e, por conguinte, do corpo físico, foram construídos com  lentidão se valendo das vidas menores. Para constiuir-se o corpo espiritual, o tato nasceu pelas células amebóides, a visão principiou nos flagelos monocelulares, o olfato começou nos animais aquáticos, o gosto surgiu nas plantas e as primeiras sensações do sexo apareceram com as algas marinhas. A marcha do corpo espiritual como instrumento da consciência humana, simboliza a expansão multimilenar da criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno céu!"...




Meus caros amigos e irmãos, encerramos mais essa conversa nossa, agradecidos a Deus por nos equipar, com tanta beleza, de um corpo lucigênito, que nos acompanhará nos dois planos da vida por muitos avatares, ainda, ensejando-nos a oportunidade de crescermos espiritualmente para os alticimos da evolução espiritual! Não nos esqueçamos que isto aqui, mesmo sendo uma breve conversa, é todo um esforço que fazemos para que, com conteúdo de qualidade, quem sabe, possamos despertar mentes e corações para um estudo mais apurado e aprofundado da nossa querida Doutrina Espírita.